O governador da Flórida, Ron DeSantis, levantou nesta quarta-feira a possibilidade de acabar com os pedágios para moradores do estado. A ideia foi mencionada durante a mais recente reunião do gabinete, enquanto ele comentava o programa estadual de amortização acelerada da dívida, que utiliza superávits orçamentários para reduzir débitos mais rapidamente.
Ao falar sobre o tema, DeSantis destacou que parte da dívida da Flórida está ligada a rodovias pedagiadas, como a Florida Turnpike, cujo financiamento depende diretamente das tarifas pagas pelos usuários. “Estamos eliminando dívidas sustentadas pelos contribuintes. E eu pensei: adoraria poder acabar também com os pedágios que as pessoas pagam”, afirmou o governador.
DeSantis sugeriu que visitantes de outros estados poderiam arcar com uma parcela maior desses custos, garantindo um “alívio” financeiro para os residentes da Flórida. “Até quando vamos manter os pedágios? Eles existem desde que me lembro. Quando tudo isso vai estar pago?”, questionou.
Em resposta, o diretor de Finanças de Títulos da Flórida, Ben Watkins, disse que sua equipe vai analisar a proposta.
Atualmente, a Flórida tem cerca de 700 milhas (aproximadamente 1.100 quilômetros) de rodovias com pedágio. Pesquisadores apontam que o condado de Orange concentra a maior extensão, com mais de 150 milhas. Dados do sistema da Florida Turnpike mostram que, no ano fiscal de 2024, a arrecadação com pedágios chegou a cerca de US$ 1,3 bilhão, enquanto os custos de manutenção ficaram em torno de US$ 275 milhões.
Apesar disso, a dívida vinculada a esses projetos ainda supera US$ 3,2 bilhões, quase um terço do limite total de endividamento.
Durante seu mandato, DeSantis já adotou outras medidas relacionadas aos pedágios, como a suspensão temporária da cobrança durante grandes tempestades. Ele também criou um programa de alívio tarifário que devolvia 50% dos gastos mensais com pedágios a motoristas que utilizassem ao menos 35 vezes as vias pedagiadas no mês.
Segundo o governo estadual, o programa lançado em 2023 gerou uma economia total de US$ 500 milhões para mais de 1,2 milhão de motoristas — cerca de US$ 400 por pessoa.
Fonte: Click Orlando
