Moradores da Flórida e de vários estados dos Estados Unidos testemunharam um fenômeno incomum na noite de terça-feira (4): as auroras boreais iluminaram o céu em tons de verde, roxo e vermelho, encantando observadores e astrônomos.
O espetáculo foi resultado de uma forte tempestade geomagnética, classificada como nível G4 (severo) pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). A intensidade da atividade solar permitiu que o fenômeno, normalmente restrito às regiões polares, fosse visto muito mais ao sul do que o habitual, alcançando estados como Kentucky, Indiana, Utah, Wisconsin, Wyoming, Colorado e até o norte da Flórida.
O escritório do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) em Tallahassee chegou a republicar imagens enviadas por usuários nas redes sociais mostrando o céu colorido sobre o estado.
O que causa as luzes do norte
As auroras boreais e austrais surgem quando partículas carregadas do vento solar colidem com gases na atmosfera terrestre, especialmente nas regiões próximas aos polos.
Neste momento, o Sol está no auge de seu ciclo de 11 anos, período em que sua atividade magnética aumenta, favorecendo a ocorrência de fenômenos luminosos como esse. Especialistas afirmam que novas exibições de luzes podem ocorrer nos próximos meses.
Impactos das tempestades solares
Além do espetáculo visual, as tempestades solares podem trazer riscos à infraestrutura tecnológica. A energia liberada pelas partículas solares pode interferir em satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação.
Eventos históricos já registraram danos sérios — em 1859, uma tempestade solar provocou incêndios em linhas telegráficas, e em 1972, acredita-se que um fenômeno semelhante tenha detonado minas navais magnéticas no Vietnã.
Especialistas em clima espacial afirmam que não é possível prever tempestades solares com muita antecedência, mas alertas costumam ser emitidos dias antes de o impacto atingir a Terra.
Fonte: NBC

