Pesquisadores da Flórida estão usando coelhos robóticos para combater a proliferação de pítons-birmanesas no sul do estado. Os dispositivos, que imitam visualmente e termicamente coelhos-do-brejo — presa favorita das serpentes —, também liberam odores atrativos e são equipados com câmeras para detectar a aproximação das cobras. Ao identificar um predador, um alerta é enviado para que caçadores especializados capturem e sacrifiquem o animal.
O projeto é financiado pelo South Florida Water Management District e desenvolvido pela Universidade da Flórida. Cada “coelho” foi adaptado a partir de brinquedos de pelúcia, com componentes elétricos à prova d’água e alimentação solar. A iniciativa se soma a outros métodos já testados, como cães farejadores, presas vivas em gaiolas e rastreamento por GPS de animais e cobras.
As pítons-birmanesas, introduzidas na Flórida principalmente por soltura acidental ou intencional, já ocupam mais de 1.000 milhas quadradas, incluindo todo o Parque Nacional Everglades. Extremamente difíceis de localizar, elas causaram quedas drásticas em populações de mamíferos nativos e alteraram significativamente o equilíbrio do ecossistema. Apesar de a erradicação ser improvável, autoridades continuam buscando formas criativas para reduzir seu impacto.
Fonte: ABC