O Senado dos Estados Unidos recebeu oficialmente, nesta quarta-feira, o projeto aprovado pela Câmara que determina a divulgação dos arquivos relacionados a Jeffrey Epstein — e rapidamente o encaminhou ao presidente Donald Trump. A aprovação unânime no Senado, ainda na terça-feira, fez com que o texto fosse considerado automaticamente adotado, sem alterações, atendendo ao pedido do presidente da Câmara, Mike Johnson, e de sua liderança republicana.
A proposta obriga a procuradora-geral Pam Bondi a disponibilizar, em até 30 dias após a sanção, todos os registros, documentos e materiais investigativos não classificados que estejam em posse do Departamento de Justiça e tenham relação com Epstein. Registros sobre sua cúmplice condenada, Ghislaine Maxwell, e outras pessoas — incluindo possíveis autoridades do governo — mencionadas em investigações, acordos judiciais ou negociações de imunidade poderão ser divulgados. Informações que identifiquem vítimas e qualquer conteúdo que envolva material de abuso infantil serão excluídas.
Ainda não há resposta do Departamento de Justiça sobre como pretende cumprir a exigência. Na sexta-feira, Bondi anunciou uma nova investigação sobre os arquivos e possíveis vínculos entre democratas de alto escalão e Epstein, poucas horas depois de Trump ordenar a abertura do inquérito em sua plataforma Truth Social. Fontes afirmam que é improvável que todo o acervo seja liberado, já que documentos ligados a investigações em andamento ou protegidos por privilégio executivo devem permanecer sob sigilo.
Trump declarou que assinará o projeto quando chegar à sua mesa, embora tenha afirmado, nas redes, que não se importa com o momento da votação do Senado e que republicanos devem manter o foco em sua agenda política. Um assessor da Casa Branca disse que a assinatura ocorrerá assim que o texto for recebido.
Na tarde de terça-feira, ao receberem a notícia da aprovação unânime no Senado, parlamentares democratas e sobreviventes de Epstein, reunidos em uma vigília no Capitólio, comemoraram com aplausos, abraços e lágrimas.
Fonte: ABC

