A Administração Federal de Aviação (FAA) determinou que as companhias aéreas reduzam em 10% o número de voos em 40 dos aeroportos mais movimentados dos Estados Unidos, medida que visa aliviar a carga de trabalho dos controladores de tráfego aéreo durante a paralisação parcial do governo e garantir a segurança nas operações.
A redução — que pode representar até 1.800 voos cancelados e mais de 268 mil assentos perdidos, segundo a consultoria Cirium — começa a valer a partir desta sexta-feira (7). Entre os aeroportos afetados estão Chicago O’Hare, Atlanta, Miami, Los Angeles e os três da região de Nova York (JFK, LaGuardia e Newark).
As companhias United, Delta, Southwest e American Airlines afirmaram que tentarão minimizar os impactos aos consumidores, oferecendo remarcações sem custo adicional e reembolsos integrais para quem preferir não viajar. A United informou que os cortes se concentrarão em rotas regionais e não essenciais entre hubs, enquanto a Delta garantiu flexibilidade total, inclusive em tarifas básicas.
O CEO da Frontier, Barry Biffle, orientou passageiros com viagens importantes — como casamentos ou funerais — a comprar passagens alternativas em companhias que permitam crédito ou reembolso total, já que a realocação pode demorar.
Segundo as regras do Departamento de Transporte dos EUA, se o voo for cancelado, o passageiro tem direito a reembolso integral, mesmo que a passagem seja não reembolsável, incluindo taxas de bagagem, assentos extras e outros serviços não utilizados. No entanto, as companhias aéreas não são obrigadas a oferecer compensação adicional, como hospedagem ou alimentação, em casos de cancelamentos ou atrasos — uma proposta de mudança feita pelo governo Biden foi revogada pela administração Trump em setembro.
Especialistas alertam que os próximos dias podem ser caóticos, já que as companhias tiveram menos de 48 horas para ajustar seus cronogramas, e o impacto pode se estender ao período de festas de fim de ano.
Fonte: NBC

