A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, que já dura 33 dias, caminha para se tornar a mais longa da história do país. O impasse entre o presidente Donald Trump e os democratas tem deixado milhões de americanos à beira de perder benefícios alimentares e subsídios de saúde, enquanto faltam avanços em negociações para encerrar a crise.
Em entrevista ao programa “60 Minutes”, Trump afirmou que não será “chantageado” pelos democratas, que exigem negociações sobre a extensão dos subsídios do Affordable Care Act (Obamacare), prestes a expirar. O presidente disse que só aceitará dialogar depois da reabertura do governo, sinalizando que o impasse pode se prolongar.
Com a paralisação, controladores de tráfego aéreo e outros funcionários públicos já perderam múltiplos salários, e 42 milhões de pessoas que dependem do programa federal de assistência alimentar (SNAP) podem ficar sem acesso ao benefício. A Justiça ordenou que o governo libere os recursos, mas o Departamento do Tesouro afirma aguardar novas decisões judiciais.
O tema central da disputa é a renovação dos subsídios da saúde, implementados durante a pandemia para reduzir custos de seguro médico. Democratas defendem sua prorrogação imediata, enquanto Trump e republicanos os classificam como parte de um sistema “terrível” e defendem mudanças mais amplas no Obamacare.
Enquanto isso, aeroportos relatam atrasos de até três horas por falta de pessoal, e cresce a pressão pública para um acordo. Mesmo assim, Trump tem mantido tom de confronto, pedindo o fim do filibuster no Senado — regra que impede a aprovação de leis sem o apoio de 60 votos — e acusando os democratas de usar a crise para “ganhar poder político”.
Fonte: Click Orlando

																				