Os aeroportos internacionais de Miami (MIA) e Fort Lauderdale-Hollywood (FLL) estão entre os vários aeroportos dos Estados Unidos que recusaram exibir um vídeo da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, no qual ela culpa os democratas pela paralisação do governo federal e seus efeitos sobre as operações da Administração de Segurança no Transporte (TSA).
De acordo com o porta-voz de Fort Lauderdale, Arlene Satchell, a decisão segue a política local que proíbe mensagens de cunho político nas instalações do aeroporto. Em Miami, Greg Chin, representante do MIA, afirmou que o terminal continuará a exibir apenas vídeos informativos sobre o programa Real ID, mantendo o conteúdo “diretamente relacionado à experiência de viagem e às exigências federais”.
A medida acompanha decisões semelhantes em Nova York, Atlanta, Chicago, Las Vegas, Charlotte, Phoenix e Seattle, onde as administrações alegaram que o vídeo viola regras internas contra comunicações politicamente partidárias. Alguns especialistas apontam que o uso de canais oficiais para culpar um partido político pode até violar a Lei Hatch, que limita atividades políticas de servidores federais.
No vídeo, Noem afirma que a TSA está comprometida em garantir a segurança e eficiência nas viagens, mas que “os democratas no Congresso se recusam a financiar o governo, afetando nossas operações e deixando funcionários sem pagamento”. O Departamento de Segurança Interna (DHS) defendeu a mensagem, afirmando que a situação “resulta de jogos políticos” e expressando esperança de que “os democratas reconheçam a importância de reabrir o governo”.
Mesmo em estados conservadores, como Utah e Montana, autoridades locais rejeitaram exibir o vídeo para “evitar envolvimento em disputas partidárias”. Em Nova York, o executivo do condado de Westchester, Ken Jenkins, classificou a gravação como “inapropriada, alarmista e inconsistente com os valores esperados de líderes públicos”.
Fonte: NBC