O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) acusou dois homens do norte do Texas de envolvimento em um ataque armado contra um centro de detenção do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) emAlvarado, ocorrido na noite de 4 de julho. Segundo a promotoria, Cameron Arnold e Zachary Evetts faziam parte de uma “célula Antifa” que teria planejado o atentado com armas de fogo e explosivos, visando agentes de segurança federais.
Os dois foram indiciados por tentativa de assassinato de agentes do governo, fornecimento de apoio material ao terrorismo e uso de arma de fogo em crime violento. As acusações vêm logo após o presidente Donald Trump assinar uma ordem executiva classificando o Antifa como organização terrorista doméstica.
De acordo com o DOJ, o grupo fez planejamento detalhado, adquiriu mais de 50 armas em cidades texanas e usou aplicativos criptografados para coordenar as ações. Arnold teria treinado outros membros em combate de curta distância e modificado rifles AR-15 para aumentar sua cadência de disparo. Durante o ataque, um policial de Alvarado foi atingido no pescoço, mas sobreviveu.
A defesa dos acusados argumenta que “pensamento antifa” ou crenças antigoverno não constituem crime, afirmando que os clientes não sabiam que o protesto se tornaria violento. Eles atribuem a liderança do ataque a Benjamin Hanil Song, outro suspeito preso posteriormente.
O Antifa — abreviação de “anti-fascista” — é descrito por especialistas como um movimento descentralizado, sem estrutura unificada, composto por grupos autônomos e ativistas de esquerda. Apesar disso, o FBI alerta há anos sobre possíveis atos de violência cometidos por simpatizantes da ideologia.
Fonte: CBS