Pela quarta vez, o presidente Donald Trump decidiu adiar a aplicação da lei bipartidária que poderia banir o TikTok nos Estados Unidos por causa dos laços da plataforma com sua controladora chinesa, a ByteDance. O decreto mais recente estende a suspensão até 16 de dezembro, em meio a negociações comerciais que envolvem também a possível venda da operação americana do aplicativo.
O governo norte-americano pressiona para que o algoritmo e a tecnologia fiquem sob controle de investidores americanos, com empresas como Oracle e Silver Lake envolvidas nas tratativas. A Suprema Corte já havia confirmado a validade da lei, mas Trump vem impedindo que o Departamento de Justiça puna Apple e Google por manterem o app em suas lojas.
Para críticos, a decisão do presidente representa uma manobra de poder excessivo, já que a lei é considerada clara e sem ambiguidades. Trump, no entanto, argumenta que um fechamento abrupto do TikTok prejudicaria a segurança nacional e a diplomacia, além de dificultar uma venda futura. Enquanto isso, congressistas e especialistas em direito alertam que a postura cria insegurança jurídica e desafia a autoridade legislativa.
O governo chinês reagiu afirmando que defenderá os interesses de suas empresas e que só aceitará negociações baseadas em princípios de mercado. Apesar disso, autoridades dos EUA mantêm o discurso de que o aplicativo não poderá continuar operando se a ByteDance mantiver controle sobre a tecnologia.
Fonte: CBS