A economia dos Estados Unidos registrou a criação de 22 mil empregos em agosto, bem abaixo da previsão de 80 mil feita por analistas, segundo o Departamento do Trabalho. O resultado reflete uma forte desaceleração do mercado de trabalho, impactado pelas tarifas comerciais impostas pelo governo Trump e pelo enfraquecimento da confiança empresarial.
A taxa de desemprego subiu para 4,3%, contra 4,2% em julho. Além disso, revisões nos dados mostraram que junho, antes considerado positivo, teve na verdade perda de 13 mil vagas, o primeiro recuo desde 2020. De junho a agosto, a média mensal de contratações foi de apenas 29 mil postos, contra 168 mil em 2024.
Economistas avaliam que a combinação de inflação em alta e contratações fracas coloca o Federal Reserve em um dilema. O banco central deve cortar juros para estimular a economia, mas enfrenta pressão contrária por conta da inflação. O próximo encontro está marcado para 17 de setembro, e analistas acreditam que a queda no ritmo de empregos aumenta a probabilidade de cortes sucessivos nas taxas até o fim do ano.
Pesquisas também mostram pessimismo entre consumidores, que classificam a economia como “incerta” e “em dificuldades”. Especialistas alertam que, se o ritmo atual se mantiver, os EUA podem migrar de uma economia de estagnação nas contratações para um cenário de demissões em massa, com risco de recessão.
Fonte: CBS