O governo Trump deve anunciar já nesta sexta-feira uma ordem executiva que permitirá classificar países como “patrocinadores de detenções ilegais”, informou a CBS News. A medida visa punir governos que prendem cidadãos americanos para usá-los como moeda de troca política e, ao mesmo tempo, desencorajar viagens a esses destinos.
Inspirado no modelo aplicado a países listados como patrocinadores do terrorismo, o novo mecanismo dará ao Departamento de Estado poder para impor sanções, restrições de viagem e outras penalidades a nações envolvidas nesse tipo de prática. Segundo a Foley Foundation, pelo menos 54 americanos foram mantidos como reféns ou detidos injustamente em 17 países em 2024.
Entre os destinos já classificados pelo Departamento de Estado como “não viaje” estão Irã, Rússia, Afeganistão, Venezuela e Coreia do Norte, todos com histórico de prisões de cidadãos americanos em condições contestadas. A maioria dos casos de detenção no exterior, porém, ocorre dentro de processos judiciais legítimos, segundo Washington.
O tema ganhou força desde a aprovação, no primeiro mandato de Trump, da Lei Robert Levinson, em homenagem ao ex-agente do FBI sequestrado no Irã em 2007 e dado como morto em cativeiro. A filha de Levinson agradeceu ao presidente e autoridades americanas pela iniciativa, afirmando que o sequestro de cidadãos dos EUA por “nações desonestas” “nunca mais deve se repetir”.
A medida surge após uma série de trocas de prisioneiros nos últimos anos, incluindo a libertação da jogadora de basquete Brittney Griner em troca do traficante de armas russo Viktor Bout, além de jornalistas, professores e veteranos do Exército presos em países como Rússia, Irã e Venezuela.
Fonte: CBS