O senador democrata Alex Padilla, da Califórnia, foi derrubado no chão e algemado por agentes federais durante uma coletiva de imprensa da secretária interina de Segurança Interna, Kristi Noem, realizada nesta quinta-feira (5) em Los Angeles. O incidente ocorreu quando Padilla tentou se aproximar do púlpito onde Noem falava sobre operações de imigração conduzidas pelo governo Trump.
Padilla, que integra a Subcomissão de Imigração do Senado, afirmou ter ido à coletiva porque o Departamento de Segurança Interna (DHS) não vinha respondendo seus questionamentos sobre deportações. Vídeos mostram o senador identificando-se enquanto era removido, mas agentes alegaram que ele não portava crachá e não se identificou previamente, tratando sua aproximação como uma ameaça.
Após o tumulto, Padilla e Noem conversaram por cerca de 15 minutos em uma sala privada, trocaram contatos e a secretária afirmou que não espera que ele seja indiciado. Apesar disso, Noem acusou Padilla de “teatro político” por ter interrompido o evento sem aviso. Já o senador reiterou que sua presença foi pacífica e em nome dos eleitores californianos.
Democratas reagiram com indignação. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, disse estar “enojado” com a forma como um senador foi tratado. A vice-presidente Kamala Harris chamou o ato de "um abuso de poder vergonhoso", enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificou o episódio como “ditatorial”. O Caucus Hispânico do Congresso exigiu uma investigação formal.
Padilla estaria no prédio para uma reunião com o comandante do Comando Norte, Gen. Gregory Guillot, quando decidiu acompanhar a coletiva. Segundo sua equipe, ele tentou apenas fazer uma pergunta. Já o presidente da Câmara, Mike Johnson, criticou Padilla, dizendo que “não se avança sobre um secretário de gabinete”.
Fonte: ABC