O governo Trump recuou parcialmente em sua tentativa de revogar a certificação da Universidade de Harvard para receber estudantes internacionais. Em carta enviada nesta quinta-feira, o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) deu à universidade um prazo de 30 dias para contestar a decisão, após inicialmente ter anunciado a revogação imediata da autorização.
O recuo ocorre após críticas e uma ação judicial de Harvard, que alega que a medida viola direitos constitucionais como a liberdade de expressão e o devido processo legal. A universidade argumenta que está sendo punida por não ceder à pressão do governo para mudar suas políticas acadêmicas e discursos considerados "antigovernamentais".
O Departamento de Segurança Interna justificou a revogação pela recusa da universidade em fornecer informações sobre estudantes estrangeiros, como registros disciplinares. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou Harvard de promover um ambiente inseguro e hostil a estudantes judeus, e de se recusar a colaborar com o governo.
Em resposta, a juíza federal Allison Burroughs indicou que emitirá uma liminar preliminar para impedir a revogação imediata da autorização, mantendo a validade do status da universidade enquanto o processo judicial avança. Paralelamente, Harvard também enfrenta uma tentativa do governo de congelar US$ 2,2 bilhões em bolsas e US$ 60 milhões em contratos.
O presidente Trump sugeriu ainda limitar a participação de estudantes estrangeiros em Harvard a 15% do total, alegando que americanos estariam sendo preteridos no processo seletivo.
Fonte: ABC