O secretário de Estado Marco Rubio anunciou nesta quarta-feira (28) que o governo Trump começará a revogar agressivamente vistos de estudantes chineses, especialmente os que atuam em áreas consideradas “críticas” e que tenham ligações com o Partido Comunista Chinês. A decisão inclui também a revisão dos critérios de concessão de vistos para cidadãos da China e de Hong Kong, aumentando o rigor das avaliações.
A China é o segundo maior país de origem de estudantes internacionais nos EUA, com mais de 270 mil chineses matriculados em universidades americanas no ano letivo 2023-24. A medida gerou reação imediata de Pequim, que classificou a decisão como injustificável e motivada por ideologia, segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
O anúncio ocorre em meio a crescentes críticas ao envolvimento de universidades americanas com instituições chinesas. Parlamentares republicanos vêm acusando essas parcerias de facilitar o acesso do governo chinês a pesquisas financiadas com recursos de defesa dos EUA. A Casa Branca também orientou embaixadas a suspender temporariamente novas entrevistas de visto estudantil e prepara um aumento da vigilância sobre as redes sociais dos solicitantes.
Além disso, a administração Trump tem sido acusada de tentar deportar estudantes estrangeiros por infrações menores e ativismo político, como no caso de alunos pró-Palestina. Recentemente, o governo tentou barrar novas matrículas de estrangeiros em Harvard, mas foi impedido por decisão judicial. Trump afirmou que quer reduzir a presença de estudantes internacionais na universidade para 15%, alegando que “devem amar o nosso país”.
Fonte: CBS