Uma juíza federal bloqueou temporariamente, nesta sexta-feira, a decisão da administração Trump de revogar a autorização da Universidade Harvard para matricular estudantes internacionais. A medida veio poucas horas após a universidade processar o governo, alegando retaliação política inconstitucional. A juíza Allison Burroughs, do tribunal distrital dos EUA, decidiu manter o "status quo" até uma audiência marcada para 29 de maio, quando avaliará se concede uma liminar contra o governo.
No processo, Harvard acusa o Departamento de Segurança Interna de violar a Primeira Emenda e outras garantias constitucionais ao cortar seu acesso ao Student and Exchange Visitor Program (SEVP), essencial para seus mais de 6.800 alunos estrangeiros. O governo justificou a ação com alegações de que Harvard não cooperou em fornecer informações sobre estudantes estrangeiros supostamente envolvidos em protestos e afirmou que a instituição mantém um ambiente hostil a alunos judeus. A universidade rebateu as acusações e denunciou uma campanha de retaliação política.
Além dessa ação, Harvard também questiona na Justiça a suspensão de US$ 2,2 bilhões em verbas federais e ameaças de perda do status de isenção fiscal. O caso ganhou repercussão internacional, com a China criticando a decisão dos EUA, já que chineses representam a maior parte dos alunos estrangeiros da universidade.
Fonte: CBS
