O presidente Biden pediu aos líderes mundiais que trabalhem para proteger o meio ambiente neste domingo (17), durante uma visita à floresta amazônica, marcando a primeira viagem de um presidente dos Estados Unidos à região. Ele alertou que "a história está literalmente nos observando agora".
"Hoje, estou orgulhoso de estar aqui — o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar a floresta amazônica — para reafirmar nosso compromisso de proteger as florestas tropicais, como esta", disse o presidente. Ele acrescentou que "a luta para proteger o nosso planeta é, literalmente, uma luta pela humanidade nas próximas gerações".
Biden tem colocado a luta contra as mudanças climáticas como um dos principais focos de sua agenda política, aprovando legislações que reduzem as emissões, ao mesmo tempo em que coloca o país em um caminho de transição para a energia limpa. Durante a visita, o presidente destacou seu compromisso com o combate ao desmatamento global e a conservação das florestas, como parte do que a Casa Branca chama de "legado histórico climático" de Biden.
Ele afirmou que "a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma causa definidora da minha presidência", destacando a decisão de reentrar no Acordo de Paris, o lançamento de uma iniciativa global para reduzir emissões de metano e os avanços no financiamento climático. O presidente anunciou que os EUA atingiram a meta de aumentar seu financiamento climático para mais de US$ 11 bilhões por ano, um aumento significativo em relação aos US$ 1,5 bilhão quando Biden assumiu o cargo. Além disso, ele designou o dia 17 de novembro como o "Dia Internacional da Conservação" e anunciou novos esforços para a conservação, incluindo US$ 50 milhões para o Fundo da Amazônia, entre outras iniciativas. O presidente também mencionou a aprovação da "lei mais significativa sobre mudanças climáticas da história", referindo-se ao Inflation Reduction Act, que reduz as emissões de carbono enquanto cria investimentos e empregos em energia limpa.
Biden afirmou que os líderes "não precisam escolher entre o meio ambiente e a economia", defendendo que "podemos fazer os dois".
Mais cedo, no domingo, Biden fez um tour aéreo pela floresta amazônica, encontrou líderes locais e indígenas e visitou um museu local, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20 com outros líderes mundiais.
A viagem ocorre após o presidente participar recentemente da Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) no Peru, onde se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping.
A visita histórica acontece em um momento em que defensores do clima alertam sobre as consequências ambientais dos planos do presidente eleito Donald Trump de reverter os esforços da administração Biden para combater as mudanças climáticas.
O presidente também comentou sobre o fim de seu mandato, afirmando que está deixando para seu sucessor e para o país "uma base forte para construir, caso escolham fazê-lo".
"É verdade, alguns podem tentar negar ou adiar a revolução da energia limpa que está em andamento nos Estados Unidos, mas ninguém, ninguém pode reverter isso", disse Biden. "A questão agora é — qual governo ficará no caminho, e qual aproveitará a enorme oportunidade econômica que está diante de nós.”
Fonte: CBS