A primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA no novo formato com 32 times está em pleno andamento nos Estados Unidos e segue até o dia 13 de julho, quando será realizada a grande final no MetLife Stadium, em East Rutherford, Nova Jersey.
O torneio, que reúne clubes campeões e convidados de todos os continentes, marca um novo capítulo na história do futebol de clubes, com partidas espalhadas por 11 cidades-sede, incluindo Miami, Atlanta, Seattle, Filadélfia e Los Angeles.
Ao todo, 32 clubes disputam a competição em oito grupos de quatro times. Os dois melhores de cada grupo avançam para as oitavas de final, e a disputa segue em formato mata-mata até a grande decisão.
Entre os classificados para as oitavas de final estão nomes de peso como Bayern de Munique, Flamengo, Benfica e Inter Miami — que avançou em segundo lugar no grupo após empate com o Palmeiras, garantindo um confronto emocionante contra o Paris Saint-Germain, time onde Messi brilhou antes de voltar às Américas.
Outro destaque é o Botafogo, que surpreendeu o mundo ao vencer o PSG e se classificar como líder do grupo, deixando o Atlético de Madrid fora da competição.
O forte calor em estados como Pensilvânia e Ohio, com temperaturas chegando a 41ºC, somado a campos com gramados criticados (como em Seattle), impactou diretamente o desempenho das equipes e preocupou comissões técnicas. Alguns clubes europeus, como o Chelsea, chegaram a encurtar treinos por conta das condições climáticas.
Apesar da expectativa da FIFA de grandes públicos, a resposta das torcidas tem sido desigual. Partidas envolvendo estrelas como Lionel Messi têm reunido mais de 60 mil torcedores, como no duelo entre Inter Miami e Palmeiras em Miami. Em contrapartida, jogos como Chelsea x LAFC em Filadélfia contaram com menos de 25 mil espectadores, gerando críticas sobre o calendário, a divulgação e os altos preços dos ingressos.
Analistas apontam que, apesar do formato atrativo, o torneio ainda busca uma identidade junto ao torcedor americano, especialmente em partidas sem ídolos midiáticos em campo.
Com clubes sul-americanos superando gigantes europeus, a reta final da competição promete grandes emoções. A performance do Flamengo, a força do Bayern e a combinação Messi-Suárez no Inter Miami são algumas das histórias a serem acompanhadas nos próximos capítulos. A grande final, marcada para o dia 13 de julho, promete lotar o MetLife Stadium, que tem capacidade para mais de 82 mil pessoas.
CBF manifesta interesse em trazer Copa do Mundo de Clubes ao Brasil
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, manifestou à Federação Internacional de Futebol (Fifa) interesse de realizar, no Brasil, a próxima Copa do Mundo de Clubes, em 2029. O dirigente comunicou a proposta ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, durante encontro da Cúpula Executiva de Futebol da entidade máxima da modalidade, que terminou neste sábado (21), em Miami, nos Estados Unidos, uma das sedes da edição deste ano do torneio.
"Tudo começou com uma conversa de apresentação. Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da Fifa. Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo. O presidente Gianni Infantino ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo", declarou Xaud, ao site da CBF.
Xaud está nos Estados Unidos acompanhado do vice-presidente Gustavo Dias. A Cúpula Executiva de Futebol da Fifa começou na última quinta-feira (19), em Miami, com dirigentes dos 211 países afiliados à entidade.
A primeira edição de um Mundial de Clubes organizado pela Fifa, em 2000, ocorreu no Brasil, com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro. O Corinthians ficou com o título da edição, ao bater o Vasco nos pênaltis, no Maracanã.
Além disso, em 2027, o país receberá a Copa do Mundo Feminina de seleções.