A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, emocionou-se
, nesta segunda-feira (24), em Brasília,
ao lembrar a luta da irmã, a vereadora Marielle, em evento com ativistas do movimento negro, na véspera da Marcha das Mulheres Negras.
Marielle foi assassinada no Rio de Janeiro, em março de 2018.
Há 10 anos, eu me lembro da minha mãe e da minha irmã, comentando, se aprontando [para a marcha]. Hoje eu fico pensando onde ela estaria. Certamente estaria na marcha conosco hoje, disse a ministra em entrevista à
Agência Brasil.
A ministra esteve em roda de conversa, em evento com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP) em evento organizado pelo Movimento Mulheres Negras Decidem.
A ministra Anielle Franco defendeu que a marcha, que será realizada nesta terça-feira (25), tornou-se um sinônimo de luta da coletividade para as mulheres negras de todo o país. Ela acrescentou que estão confirmadas, inclusive, a presença de representações estrangeiras.
A nossa expectativa é que, de fato, as pessoas nos escutem, escutem o nosso amor, o nosso apelo e a nossa luta, disse.
Anielle Franco ressaltou que a marcha tem a presença de mulheres que vivem um enfrentamento diário contra todas as formas de opressão. O ato também significa, conforme entende, honrar a memória de mulheres que perderam a vida durante a luta.
Seja a Marielle, seja a mãe Bernadette [liderança quilombola assassinada em agosto de 2023], sejam tantas outras lideranças que nós tivemos.
Anielle avaliou, também para a reportagem, que as demandas de segurança pública estão também entre as prioridades das mulheres que fazem a marcha.
Ela recordou as 122 mortes ocorridas no Rio de Janeiro durante a Operação Contenção. A gente está aqui com mães do Complexo do Alemão e da Penha. E essa dor só quem passa entende.
Além da segurança pública,
Anielle destacou que os temas de educação, saúde, cultura e lazer devem fazer parte das reivindicaçõesdas manifestantes no evento.

