O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (16) a ampliação das restrições de viagem e imigração impostas pelo governo, mais que dobrando o número de países afetados. Com a medida, 39 nações passam a enfrentar proibições totais ou limitações severas de entrada no país.
A primeira versão do decreto, assinada em junho, incluía 19 países. Na ocasião, a entrada de imigrantes e viajantes foi totalmente barrada para cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Já os nacionais de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela tiveram a entrada parcialmente suspensa.
O novo decreto acrescenta sete países à lista de restrições totais: Burkina Faso, Mali, Níger, Laos, Serra Leoa, Sudão do Sul e Síria. Além disso, impõe limitações parciais a imigrantes e viajantes de outros 15 países, entre eles Angola, Antígua e Barbuda, Benin, Costa do Marfim, Dominica, Gabão, Gâmbia, Malawi, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbábue.
A medida também estabelece a proibição de entrada para pessoas que viajem com documentos emitidos pela Autoridade Palestina, que governa partes da Cisjordânia. Por outro lado, as restrições ao Turcomenistão foram atenuadas após o governo americano afirmar que o país melhorou o compartilhamento de informações com os Estados Unidos.
O decreto prevê algumas exceções, como para residentes permanentes legais nos EUA e atletas e integrantes de delegações esportivas que participem de grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo da FIFA no próximo ano. No entanto, a nova decisão revogou uma exceção anterior que permitia a entrada de filhos, cônjuges e pais de cidadãos americanos que haviam solicitado vistos em nome desses familiares.
Segundo o texto assinado por Trump, a ampliação do banimento se baseia em preocupações com a capacidade de verificação adequada de imigrantes, falhas em registros e no compartilhamento de dados por parte de alguns países, além de problemas como conflitos armados, corrupção, fraudes e terrorismo. O presidente também citou o fato de Antígua e Barbuda e Dominica concederem cidadania a estrangeiros sem exigência de residência, o que, segundo ele, poderia ser usado para contornar as restrições dos EUA.
Durante seu primeiro mandato, medidas semelhantes enfrentaram forte reação pública e questionamentos judiciais por suposto caráter discriminatório. Em 2018, porém, a Suprema Corte confirmou a autoridade presidencial para suspender a entrada de estrangeiros por razões de segurança nacional.
Fonte: CBS

