Autoridades de imigração dos Estados Unidos detiveram uma mulher com ligação familiar à porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Segundo uma fonte familiarizada com o caso, trata-se de Bruna Caroline Ferreira, mãe do sobrinho de Leavitt.
Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS) confirmou a identidade da brasileira e da detenção. O irmão da porta-voz, Michael Leavitt, também confirmou a prisão em entrevista à afiliada da ABC em New Hampshire, WMUR. Ele afirmou que seu filho de 11 anos vive com ele desde o nascimento, mas mantém contato com a mãe.
O DHS classificou Ferreira como uma “imigrante ilegal criminosa”, alegando que ela tem uma prisão anterior por agressão e que permaneceu no país após expirar o visto de turista em 1999. Segundo o órgão, ela está detida no South Louisiana ICE Processing Center e responde a processo de remoção. “Sob o presidente Trump e a secretária Noem, todos os indivíduos presentes ilegalmente nos EUA estão sujeitos à deportação”, disse o porta-voz.
A defesa de Ferreira contesta essa versão. O advogado Todd Pomerleau afirmou à WCVB, afiliada da ABC em Boston, que sua cliente não possui qualquer histórico criminal. “Bruna não tem ficha criminal nenhuma. Mostrem as provas”, disse. Ele declarou ainda que Ferreira entrou legalmente nos EUA, já teve status DACA e está atualmente em processo de obter o green card. Segundo o advogado, ela foi detida dentro do carro em Massachusetts, sem mandado, e agora terá de litigar o caso na Louisiana, a milhares de quilômetros de casa.
Pomerleau disse não acreditar que a ligação de Ferreira com a porta-voz da Casa Branca influencie o caso, classificando a situação como “coincidência”. A Casa Branca não comentou.
Uma campanha online de arrecadação, criada por alguém que afirma ser irmã de Ferreira, diz que ela chegou aos EUA em 1998, ainda criança. “Quem conhece Bruna sabe o tipo de pessoa que ela é. Trabalhadora, gentil e sempre a primeira a ajudar”, escreveu Graziela Dos Santos Rodrigues.
Fonte: ABC

