O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira que viajantes com ingressos para a Copa do Mundo de 2026 terão prioridade no agendamento de entrevistas para obtenção de vistos. O novo sistema, chamado Pass (Prioritised Appointment Scheduling System), foi criado em parceria com a Fifa para acelerar o atendimento em embaixadas e consulados norte-americanos.
Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, o ingresso *não garante a concessão do visto*, mas permitirá aos torcedores agendar uma entrevista em até seis a oito semanas após o pedido — uma redução significativa para países que enfrentam filas de mais de dez meses. “O ingresso não é um visto. A única diferença é que essas pessoas irão avançar na fila”, afirmou Rubio.
A Copa de 2026 será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, com a maioria dos jogos em solo americano. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou na Casa Branca que até 10 milhões de turistas podem viajar para os EUA durante o torneio.
O anúncio ocorre em meio a longos tempos de espera em vários países. Solicitantes na Colômbia enfrentam cerca de 11 meses de fila para a entrevista. No México, a média é de nove meses e meio, enquanto residentes não canadenses de Toronto podem esperar até 14 meses.
A Associação de Viagens dos EUA elogiou a medida, afirmando que ela aumenta a eficiência sem comprometer a segurança. Ainda há dúvidas, porém, se o mecanismo beneficiará torcedores de países afetados pela proibição migratória assinada por Trump em junho, como o Irã — embora atletas e equipes técnicas estejam isentos do veto.
Cidadãos de países incluídos no programa de isenção de vistos dos EUA continuarão podendo entrar sem visto por até 90 dias, como ocorre com grande parte da Europa, Japão e Austrália. Diferentemente das Copas anteriores, na Rússia e no Catar, o ingresso não funcionará como documento de entrada automática no país.
Fonte: BBC

