Hospitais de todo os Estados Unidos estão pressionando o governo Trump a rever a nova taxa de US$ 100 mil imposta para a contratação de trabalhadores estrangeiros altamente qualificados por meio do visto H-1B. A cobrança, anunciada em setembro, tem gerado forte reação do setor de saúde, que depende de profissionais internacionais para suprir a falta de mão de obra médica e de enfermagem.
Em Maryland, a diretora de enfermagem do Frederick Health, Jamie White, afirmou que a instituição vinha tentando contratar cerca de 100 enfermeiros há três anos e planejava patrocinar 45 vistos H-1B para profissionais estrangeiros. “Agora tivemos que suspender os planos. Não podemos arcar com esse valor nem para um único funcionário”, disse.
A Casa Branca defende a medida como parte da política de “trabalhadores americanos em primeiro lugar”. Segundo a porta-voz Taylor Rogers, a taxa visa desestimular o uso excessivo do sistema de vistos e evitar a redução de salários nos EUA. No entanto, líderes hospitalares alertam que a nova cobrança pode ter o efeito oposto, especialmente em comunidades rurais e carentes, onde a falta de profissionais já é crítica.
A Associação Americana de Hospitais (AHA) enviou uma carta ao governo pedindo isenção para profissionais de saúde, argumentando que o aumento de custos pode forçar hospitais a reduzir serviços e comprometer o atendimento. O Departamento de Segurança Interna não comentou o pedido, mas o decreto executivo permite solicitações de exceção em casos específicos.
Enquanto o governo insiste que a medida protege empregos domésticos, hospitais alertam que a crise de pessoal pode se agravar se a política for mantida sem ajustes.
Fonte: CBS

