O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) anunciou que 1,6 milhão de pessoas em situação irregular deixaram voluntariamente o país e outras 500 mil foram deportadas sob a atual administração. Segundo o governo, o número coloca os EUA “no caminho para quebrar recordes históricos” de remoções.
De acordo com o DHS, o aumento das chamadas auto-deportações — quando o imigrante decide retornar por conta própria — é resultado de uma campanha multimilionária que oferece US$ 1.000 e uma passagem aérea a quem se registrar para sair do país. O montante total gasto com o programa, no entanto, não foi divulgado.
A secretária-assistente de Comunicação Pública do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que o governo “revitalizou uma agência antes limitada por restrições legais e políticas”. Segundo ela, a administração Trump “não apenas fechou a fronteira, mas avançou na promessa presidencial de prender e deportar estrangeiros ilegais”.
McLaughlin declarou ainda que o endurecimento das políticas teria levado muitos imigrantes a desistirem de tentar entrar nos EUA, citando uma queda de 99,99% na travessia da selva do Darién, entre Panamá e Colômbia — uma das principais rotas de migração irregular rumo à América do Norte.
Durante a campanha de 2024, o presidente Donald Trump prometeu promover deportações em massa. Já ativistas e organizações de direitos humanos denunciam que a nova ofensiva extrapola limites legais e humanitários, atingindo inclusive imigrantes sem antecedentes criminais.
Fonte: ABC

