Três trabalhadores morreram desde o início da construção da fábrica de veículos elétricos da Hyundai em Bryan County, na Geórgia, em 2022, segundo reportagem do Wall Street Journal publicada neste domingo (12). O levantamento, baseado em registros federais, também aponta diversos acidentes e falhas de segurança, além do uso extensivo de mão de obra imigrante inexperiente no canteiro de obras.
A planta, avaliada em US$ 7,6 bilhões e construída em parceria com a sul-coreana LG Energy Solution, voltou aos holofotes após uma megaoperação migratória no mês passado, quando centenas de trabalhadores sul-coreanos foram detidos — no que o Departamento de Segurança Interna (DHS) descreveu como a maior ação de fiscalização em um único local na história dos EUA.
De acordo com o jornal, além das três mortes, mais de uma dezena de trabalhadores sofreu ferimentos graves, incluindo quedas sem o uso de cintos de segurança e acidentes com empilhadeiras. Entrevistados relataram que a Hyundai não garantiu treinamento adequado e que os órgãos reguladores falharam na fiscalização das condições de trabalho.
Em resposta, a empresa afirmou ao Wall Street Journal que segue as leis de imigração e prioriza a segurança, destacando que tomou medidas corretivas após os incidentes. O CEO da Hyundai, José Muñoz, disse ter viajado pessoalmente à Geórgia para comunicar que “a segurança vem antes dos prazos, custos e lucros”.
A construção do complexo — que reunirá fábricas de veículos elétricos e baterias — continua em andamento a cerca de 30 milhas de Savannah.
Fonte: NY Post