A polícia de Los Angeles disparou mais de 1.000 projéteis não letais — incluindo balas de borracha, de espuma e gás lacrimogêneo — contra manifestantes em 8 de junho, durante protestos contra as políticas de imigração do governo Trump e a chegada da Guarda Nacional à cidade. O relatório oficial, divulgado nesta segunda-feira (10), apontou que cerca de 6.000 pessoas participaram da manifestação. Pelo menos seis ficaram feridas, e 52 policiais precisaram de atendimento médico.
O uso massivo de munições chamou atenção de especialistas, que consideram que a ação pode ter violado a legislação estadual, que restringe disparos indiscriminados contra multidões. “Se é assim que se faz policiamento de protestos, está sendo feito de forma errada”, disse Josh Parker, do Policing Project da NYU.
Segundo o documento, alguns manifestantes incendiaram carros autônomos, bloquearam rodovias e atiraram pedras, concreto e fogos de artifício contra agentes. Mesmo assim, caixas do relatório sobre tentativas de técnicas alternativas de contenção ficaram em branco, o que levantou novas críticas.
Outros órgãos também usaram força no mesmo dia: o departamento do xerife disparou mais de 2.500 projéteis, e a Patrulha Rodoviária da Califórnia usou 271 disparos. O episódio reacendeu o debate sobre a falta de preparo da polícia em lidar com protestos de forma proporcional.
Fonte: ABC