Um advogado do Departamento de Justiça afirmou nesta quarta-feira (10) que o governo “não tem planos imediatos” para deportar menores desacompanhados após a frustrada remoção de 76 crianças guatemaltecas no fim de semana do feriado de Labor Day. A operação foi suspensa por decisão judicial de última hora, quando os jovens já estavam dentro dos aviões.
As autoridades defendem que as deportações foram feitas a pedido do governo da Guatemala e de responsáveis legais, mas advogados das crianças dizem que nem todos tinham pais solicitando a volta, e alguns expressaram medo de retornar. Eles pediram ao tribunal uma *liminar* para impedir novas ações semelhantes, alegando que outras crianças de Honduras, El Salvador e Guatemala já vêm sendo entrevistadas por agentes com esse objetivo.
Segundo relatos apresentados ao tribunal, menores estão sendo incluídos em listas de “deportação voluntária” sem terem consentido, mesmo quando têm processos de imigração em andamento. Advogados argumentam que isso viola a Lei de Reautorização de Proteção a Vítimas de Tráfico, que garante trâmites específicos a menores desacompanhados. O juiz Timothy Kelly ainda não decidiu sobre a liminar.
Fonte: ABC