O governo Trump deportou oito migrantes para o Sudão do Sul na última sexta-feira (4), segundo informou o Departamento de Segurança Interna (DHS). A deportação ocorreu após uma decisão da Suprema Corte dos EUA que permitiu que os indivíduos, antes mantidos em uma base militar americana em Djibuti, fossem finalmente enviados ao país africano.
Os oito migrantes, que, segundo o DHS, têm condenações criminais graves, estavam no centro de uma batalha judicial que havia interrompido sua deportação direta. O processo os levou temporariamente a uma base militar, onde, de acordo com documentos judiciais, as condições eram difíceis tanto para os detidos quanto para os agentes de imigração.
Em uma decisão de 7 votos a 2, a Suprema Corte determinou que o governo não era obrigado a manter os migrantes na base militar enquanto tramitavam os processos judiciais. A corte também reafirmou que o Executivo tem autoridade sobre decisões de segurança nacional e política externa, enfraquecendo restrições anteriores impostas por juízes distritais.
A secretária-assistente Tricia McLaughlin celebrou a decisão afirmando que "um juiz distrital não pode ditar a política externa dos Estados Unidos da América" e classificou a deportação como "mais uma vitória pela segurança do povo americano".
Por outro lado, advogados dos migrantes criticaram duramente a decisão. “Esses homens foram deportados sem o devido processo legal e podem enfrentar tortura ou morte no Sudão do Sul”, disse Trina Realmuto, uma das representantes legais. Ela classificou a deportação como “punitiva e inconstitucional”, lembrando que até o Departamento de Estado americano desaconselha viagens ao país africano.
Fonte: ABC