Isidro Perez, um cubano de 75 anos que vivia nos Estados Unidos desde 1966, morreu na noite de quinta-feira (20) enquanto estava sob custódia do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em Miami. Ele foi detido no início de junho em Key Largo durante uma operação de imigração não detalhada pelas autoridades.
Perez foi levado ao centro de detenção Krome, no sudoeste do condado de Miami-Dade, onde, durante o exame médico de admissão, foram identificados problemas de saúde. Em 17 de junho, foi internado no Larkin Community Hospital com angina instável, condição que reduz o fluxo de sangue ao coração. Após alta médica na quarta-feira (19), voltou a apresentar dores no peito e foi levado ao Hospital Kendall, onde morreu às 21h de quinta-feira.
Segundo o ICE, Perez tinha duas condenações federais por posse de substâncias controladas nos anos 1980. A agência justificou a detenção atual afirmando que ele era considerado inadmissível para permanecer nos EUA. Sua morte está sob investigação, e a causa oficial ainda não foi confirmada.
Desde janeiro, dez pessoas morreram sob custódia do ICE nos EUA — cinco delas na Flórida, sendo três no centro Krome. O caso mais recente, dias antes, envolveu Johnny Noviello, canadense de 49 anos, encontrado sem vida em outro centro de detenção federal em Miami.
Organizações de direitos humanos e investigações jornalísticas apontam falhas no atendimento médico em centros de detenção. Embora o ICE afirme oferecer cuidados emergenciais a todos os detidos, relatos indicam possíveis atrasos e negligências que podem ter contribuído para algumas dessas mortes.
Fonte: Miami Herald