A família de Mohamed Soliman, suspeito do ataque ocorrido no último domingo durante uma marcha pró-Israel em Boulder, Colorado, foi detida por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega), segundo informou a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem. Soliman, cidadão egípcio, enfrenta acusações de tentativa de homicídio e crime de ódio federal, após lançar coquetéis molotov contra participantes do evento, ferindo 12 pessoas — entre elas, um sobrevivente do Holocausto de 88 anos.
Kristi Noem anunciou a prisão nas redes sociais, chamando Soliman de "terrorista" e "imigrante ilegal". Segundo Noem, as autoridades estão investigando se os familiares tinham conhecimento ou prestaram algum tipo de apoio ao ataque. Seis pessoas — a esposa e os filhos do acusado — foram levadas sob custódia e estão sendo processadas para remoção acelerada, procedimento que permite deportação sem audiência judicial.
Soliman chegou aos EUA em 2022 com visto temporário, que expirou em 2023, e solicitou asilo no mesmo ano. A família residia em Colorado Springs, onde agentes do FBI realizaram buscas na casa na segunda-feira. De acordo com as autoridades, a esposa do acusado cooperou inicialmente, entregando o celular do marido à polícia local.
Durante o ataque, testemunhas relataram que Soliman gritava frases como “Libertem a Palestina” e “Fim ao sionismo”. O grupo atacado, chamado Run for Their Lives, realiza caminhadas semanais há mais de um ano para sensibilizar sobre os reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza.
Soliman, de 45 anos, deve comparecer ao tribunal federal nesta sexta-feira (6). A esposa, em contato telefônico breve com a imprensa, pediu privacidade e se recusou a comentar o caso. Uma das filhas do casal havia sido recentemente homenageada como uma das melhores alunas do ensino médio da região, com planos de cursar medicina nos EUA.
Fonte: CBS