A decisão do Departamento de Estado dos EUA de atualizar a J-1 Exchange Visitors Skills List na sexta-feira (6) pode evitar que muitos pesquisadores sejam forçados a deixar os Estados Unidos devido à lei de imigração. A mudança na política permite que mais pesquisadores, estagiários e outros portadores de visto J-1, especialmente da Índia e China, trabalhem nos EUA sem a exigência de retornar ao seu país de origem por um período de dois anos, como era exigido anteriormente.
Advogados reportam um aumento no interesse dos empregadores pela categoria J-1 após a mudança. O anúncio segue uma série de mudanças favoráveis feitas pela administração Biden, que aumentaram as aprovações para vistos O-1A e forneceram orientações políticas que facilitam a qualificação de imigrantes baseados em emprego como indivíduos com habilidades extraordinárias.
O Departamento de Estado dos EUA publicou um aviso público atualizando a Skills List de Visitantes de Intercâmbio. A Skills List é uma lista de países designados pelo Secretário de Estado que necessitam dos serviços de pessoas envolvidas em campos de conhecimento especializado. O aviso diz que esta lista é utilizada pelo Departamento de Estado e pelo Departamento de Segurança Interna para determinar se um indivíduo que foi admitido nos Estados Unidos como "visitante de intercâmbio J" ou obteve esse status está sujeito à exigência de residência no exterior por dois anos, conforme a lei de imigração dos EUA.
Steve Plastrik, associado sênior da BAL, explicou que os aspectos mais significativos da mudança na J-1 são: a remoção da China e da Índia da Skills List, o que significa que cidadãos desses países não estarão mais sujeitos à exigência de residência no exterior por dois anos. Além disso, a mudança aplica-se de forma retroativa. Pela lei, certos portadores do visto J-1 precisam morar dois anos em seu país de origem após o programa de intercâmbio ou obter uma isenção para poder mudar seu status para H-1 ou L-1, ajustar o status para residente permanente legal ou obter um visto H, L, K ou imigrante.
Plastrik observa que o Departamento de Estado não atualizava a Skills List há quase 15 anos, e a lista já não refletia as necessidades dos países nela incluídos. A remoção da China e da Índia fez sentido, dado o forte desenvolvimento científico e técnico desses países. A lista desatualizada dificultava ou atrasava a obtenção de status de H-1B, L-1 ou residência permanente legal para certos portadores de J-1.
Fonte: Forbes