Apesar das previsões iniciais apontarem um começo calmo da temporada de furacões de 2025, a tempestade tropical Chantal surpreendeu ao se tornar o sistema mais bem organizado até agora. Nascida de forma “caseira” a partir de uma frente fria desmembrada sobre a corrente do Golfo, ao largo da costa leste da Flórida, Chantal se formou rapidamente, atingindo ventos sustentados de até 96 km/h.
O sistema provou mais uma vez como as águas quentes do Atlântico Ocidental, aliadas a um padrão atmosférico favorável, podem acelerar o desenvolvimento de ciclones tropicais. Com a passagem de Chantal, os estados do meio-Atlântico enfrentam agora as chuvas torrenciais deixadas por seus remanescentes — mas oficialmente, a tempestade já se dissipou.
O Atlântico volta a ficar calmo, e essa pausa deve durar ao menos até a segunda quinzena de julho. Meteorologistas explicam que o “descanso” atmosférico após grandes eventos é comum e necessário: a atmosfera literalmente precisa de tempo para “recarregar” sua energia.
No horizonte, no entanto, há sinais de que o pico da temporada pode estar sendo preparado. As altas pressões sobre o Atlântico enfraqueceram, permitindo que as águas da principal zona de desenvolvimento tropical (entre a África e o Caribe) se aqueçam ainda mais. Além disso, está prevista uma nova passagem da Oscilação de Madden-Julian (MJO) no final de julho, o que pode aumentar a instabilidade e a umidade — elementos chave para a formação de novas tempestades.
A data a observar: 15 de julho. A partir daí, o Atlântico pode começar a “acordar” de fato, especialmente com a aproximação de agosto, mês que marca o início do auge da temporada.
Fonte: News6