Embora a temporada de furacões de 2024 tenha terminado com o desaparecimento da tempestade tropical Sara, sobre a Península de Yucatán, em novembro, a temporada de 2025 já está a menos de quatro meses de distância.
Os primeiros sinais indicam que a próxima temporada será bem diferente da última. Embora não se espere grande desenvolvimento de tempestades no Golfo ou no Caribe, algumas ainda podem surgir, dependendo da formação da pressão atmosférica ao longo da bacia do Atlântico.
Esses padrões só poderão ser acompanhados em tempo real, especialmente porque os modelos sazonais ainda enfrentam dificuldades para prever fenômenos como o ENOS (El Niño-Oscilação Sul). A previsão sobre a transição entre El Niño e La Niña está gerando discussões entre os modelos climáticos de alto nível.
Os dados mais recentes do ECMWF (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) indicam que devemos sair de um período de La Niña e voltar para El Niño antes do pico da temporada, o que pode afetar tanto a temporada de furacões quanto o clima da Flórida durante o verão e outono. Por outro lado, os modelos canadenses CANSIPS e o Climate Forecast System ainda sugerem que podemos caminhar para um ENSO neutro, o que poderia equilibrar as condições para o desenvolvimento de tempestades no Atlântico, dependendo de outros fatores durante a temporada.
Outro fator importante são as anomalias de temperatura da superfície do mar (SST), ou seja, a diferença entre a temperatura real da água e a média para a estação. Todos os modelos apontam para uma grande área de águas mais quentes no Atlântico Subtropical, o que pode afetar a estabilidade da região tropical, especialmente ao largo da costa da África, onde as ondas tropicais normalmente se formam e seguem para o oeste. Uma área mais quente de águas a uma latitude mais alta também pode enfraquecer o sistema de alta pressão dos Açores, desviando as ondas tropicais de sua trajetória habitual.
Para a Flórida, isso pode ser uma boa notícia, mas para o Caribe, pode ser o contrário.
De acordo com as previsões iniciais, a costa leste dos Estados Unidos parece ser uma área de atenção, com atividade de ciclones tropicais acima da média ao largo da costa da Flórida, em direção às Carolinas. No entanto, os próximos dois meses serão fundamentais para definir com mais precisão o que os habitantes da Flórida e outras áreas costeiras podem esperar. Muitos fatores ainda precisam ser monitorados, o que torna essa análise inicial tão importante.
Fonte: ClickOrlando
