A história contada no livro Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, poderá ser acompanhada em formato de ópera, com a apresentação da Orquestra de Ouro Preto (OOP), neste sábado (28), no Posto 2 da Praia de Copacabana, às 19h. A montagem tem música e libreto de Tim Rescala, concepção e direção musical do maestro Rodrigo Toffolo e direção cênica de Julliano Mendes. A orla carioca receberá a primeira apresentação de Feliz Ano Velho, a Ópera e a entrada é gratuita.
A adaptação dá sequência ao esforço da Orquestra de Ouro Preto de unir música de concerto e literatura, como fez, após o término da pandemia de covid-19, com as óperas Auto da Compadecida e Hilda Furacão. Na visão do maestro Rodrigo Toffolo, será uma apresentação emocionante, que vai transmitir uma mensagem de superação e desenvolvimento pessoal, além de homenagear a obra de Marcelo Rubens Paiva, “Feliz Ano Velho é uma história linda e com um protagonista de Ópera vivo, o que é muito raro. Acho que o Marcelo é o único protagonista de ópera vivo”, disse em entrevista à
Agência Brasil.
O regente, que é da família fundadora da OOP, contou que a preparação do espetáculo levou mais de dois anos, desde que pensou em fazer a ópera baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, com quem passou a trocar ideias sobre como seria a montagem.
“Foi um trabalho a três partes, porque tem também o Tim Rescala, que é o compositor da ópera. Nós montamos juntos uma sequência que a gente tiraria do livro. O Tim fez o libreto [texto da ópera] e, a partir daí, eu enviava para o Marcelo o material, e ele aprovava. Algumas dúvidas, cheguei a tirar com ele, sobre a mãe e sobre o pai e a história dele. Eu ia mandando, ele ia respondendo. Às vezes, ele ligava, e a gente foi construindo junto. Foi um trabalho bem bacana”, relatou.
“A gente nem sabia, eu, pelo menos, nem sabia do filme, do lançamento, e muito menos o que ia acontecer com Ainda estou aqui, então, foi uma coincidência boa, que acabou sendo um marco bem legal esta ópera chegar neste momento”, completou.