Entre sobretaxas, impostos e instabilidade, o país volta a perder o rumo do crescimento
Enquanto o mundo avança em ciclos de recuperação econômica, o Brasil parece preso em uma espiral de disputa política e insegurança institucional. O que deveria ser uma democracia vibrante transformou-se em um campo de batalha entre poderes, onde a economia é a principal vítima.
A sobretaxa americana e o efeito dominó
A recente sobretaxa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — especialmente aço, alumínio e derivados agrícolas — reacendeu o alerta no comércio exterior. O governo americano justificou a medida como resposta à desvalorização cambial e ao desequilíbrio nas exportações, mas, na prática, o impacto recai sobre o emprego industrial e as receitas de exportação do Brasil.
Com margens comprimidas e aumento de custos, várias empresas exportadoras já anunciam redução de turnos e corte de contratos temporários, agravando o cenário de desemprego.
O impacto da politização do STF
O Supremo Tribunal Federal, que deveria ser um pilar de estabilidade jurídica, transformou-se em alvo e protagonista de disputas ideológicas. Cada decisão de impacto político provoca turbulência nos mercados e incerteza nos investimentos.
Empresários e investidores estrangeiros relatam falta de previsibilidade legal e temor de interferência política nas decisões econômicas. Isso tem adiado aportes bilionários e congelado projetos de infraestrutura que poderiam gerar milhares de empregos.
Os novos perseguidos políticos
Enquanto partidos se atacam em rede nacional, o país assiste ao surgimento de uma nova categoria: os perseguidos políticos do sistema. São empresários, jornalistas e até cidadãos comuns que expressam opiniões divergentes e acabam alvos de investigações, cancelamentos e linchamentos virtuais.
Esse ambiente tóxico mina a liberdade de expressão, desestimula o debate econômico e reforça a percepção de que o país se afasta cada vez mais do Estado de Direito — condição indispensável para o retorno da confiança e dos investimentos.
Inflação e lojas fechadas
O reflexo da instabilidade política chega ao bolso do cidadão. A inflação voltou a subir, impulsionada pela alta de combustíveis, energia e alimentos. O poder de compra despenca e o comércio sente o golpe.
No Brás, tradicional centro de varejo e distribuição em São Paulo, lojas fecham diariamente. O movimento que antes lotava as ruas agora dá lugar a vitrines vazias e portas abaixadas. Comerciantes culpam a alta de impostos, o aluguel impagável e a insegurança — tanto econômica quanto física.
Desemprego e aumento de impostos
Com o enfraquecimento da atividade e o aumento da carga tributária, o desemprego volta a crescer. Pequenos e médios empresários, sufocados por taxas, multas e burocracia, encerram suas atividades.
Enquanto isso, o governo tenta equilibrar as contas com novos impostos, atingindo justamente quem ainda produz, gera renda e tenta sobreviver.
A consequência é previsível: menos consumo, menos investimento e mais desemprego — um ciclo de empobrecimento que se repete há décadas.
O Brasil precisa de paz política para crescer
A economia não floresce em terreno de guerra. O Brasil precisa urgentemente de estabilidade institucional, segurança jurídica e previsibilidade econômica.
Enquanto a energia nacional continuar sendo consumida por disputas ideológicas e vaidades políticas, o país seguirá perdendo tempo, empregos e oportunidades.
É hora de o Brasil desarmar o palanque e retomar o trabalho.

 
																				