Quando o assunto é guardar dinheiro com segurança, dois queridinhos dos EUA sempre aparecem: o CD, certificado de depósito, e a HYSA, conta poupança de alto rendimento. Ambos são protegidos por seguro federal, pagam juros e não envolvem risco de mercado. Ainda assim, servem a necessidades diferentes. Entender como funcionam ajuda você a escolher com mais confiança.
A HYSA é uma conta de poupança que paga uma taxa de juros mais alta do que as contas tradicionais. Não tem prazo de bloqueio e permite resgates quando precisar, o que a torna excelente para fundo de emergência e metas de curto prazo. A taxa é variável, pode subir ou cair com o mercado e com as políticas dos bancos. Em muitos casos é uma conta digital, sem tarifas se você cumprir requisitos simples de saldo ou movimentação. O principal valor aqui é liquidez com bom rendimento.
O CD é um depósito a prazo. Você escolhe um período, por exemplo 6, 12 ou 24 meses, e o banco fixa uma taxa de juros para todo esse tempo. Em troca da previsibilidade, você se compromete a deixar o dinheiro parado até o vencimento. Se resgatar antes, paga multa sobre os juros. Normalmente, quanto maior o prazo, maior a taxa. O ponto forte do CD é travar uma taxa interessante por um período definido.
Em liquidez, a HYSA vence. Você mantém acesso ao dinheiro para imprevistos e oportunidades. Já o CD pede disciplina. Se houver chance real de precisar do valor no curto prazo, a multa pode corroer parte do ganho. Em rendimento, depende do cenário. Às vezes as HYSAs lideram por estarem rápidas na atualização de taxas. Em outras fases, os CDs de prazos específicos pagam melhor. A decisão costuma ser menos sobre "qual rende mais hoje" e mais sobre "qual combina com seu objetivo".
Quanto ao risco, ambos são de baixo risco quando mantidos em instituições seguradas. O seguro do FDIC ou NCUA normalmente cobre até 250 mil dólares por depositante, por banco, em cada categoria de titularidade. Isso protege seu principal e os juros acumulados dentro desse limite. Para valores maiores, é possível distribuir em mais de um banco para ampliar a cobertura.
Impostos merecem atenção. Os juros de HYSA e de CD são tributáveis como renda nos EUA no ano em que são creditados, e o banco emite o formulário 1099 INT. Isso não é um bicho de sete cabeças, mas é bom antecipar que parte do rendimento vai para impostos. Estados como a Flórida não cobram imposto estadual de renda da pessoa física, o que ajuda, mas o imposto federal continua valendo.
Estratégias práticas funcionam muito bem. Uma é a escadinha de CDs. Em vez de aplicar tudo em um único prazo, você divide o valor em vários CDs com vencimentos diferentes, por exemplo 6, 12 e 18 meses. Assim, parte do dinheiro vence periodicamente, reduz a chance de multa e permite reinvestir a taxas melhores caso o mercado suba. Outra estratégia é combinar. Use a HYSA para seu fundo de emergência e despesas dos próximos 3 a 6 meses. Trave em CDs a quantia que você tem certeza de não precisar até o vencimento.
Erros comuns são fáceis de evitar. Não prenda todo o caixa em CDs se existe risco de precisar do dinheiro. Não deixe grandes saldos em conta corrente sem juros enquanto uma HYSA poderia trabalhar por você. E, ao abrir um CD, verifique o que acontece no vencimento. Alguns renovam automaticamente. Se você não observar, pode ficar preso a um novo prazo sem querer.
Para decidir, responda três perguntas. Qual é seu horizonte de uso desse dinheiro. Quão importante é ter acesso imediato. Quanto você tolera ver a taxa mudar ao longo do caminho. Se liquidez é essencial, HYSA. Se previsibilidade e taxa fixa para uma meta com data certa falam mais alto, CD. E se quer o melhor dos dois mundos, combine.
Uma ótima semana para você!