Na quarta-feira (12), o Departamento de Educação iniciou cortes em diversos setores, incluindo o escritório de direitos civis, de acordo com fontes próximas à decisão. Isso ocorreu um dia após o presidente Donald Trump declarar que gostaria de ver o departamento fechado. As demissões atingiram principalmente funcionários novatos, contratados em período probatório nos últimos 12 meses, com as cartas de demissão enviadas por e-mail na terça-feira.
As notificações de demissão informavam os funcionários de que poderiam recorrer à Merit Systems Protection Board caso sentissem que a demissão fosse por razões políticas partidárias ou relacionadas ao seu estado civil. O movimento ocorre em meio à audiência de confirmação de Linda McMahon, indicada por Trump para o cargo de secretária de Educação, que estava sendo questionada no Congresso.
Trump tem sido crítico do Departamento de Educação, sugerindo há muito tempo seu fechamento, e também demonstrou intenção de reduzir a U.S. Agency for International Development (USAID), dando a entender que pode tentar cumprir sua promessa de extinguir o departamento. "Gostaria que fosse fechado imediatamente", afirmou o presidente, chamando o Departamento de Educação de um "grande golpe".
Além do Departamento de Educação, o sindicato American Federation of Government Employees (AFGE) afirmou que a Administração de Pequenos Negócios também fez cortes, afetando funcionários probatórios. Embora o número exato de demissões ainda não seja claro, o sindicato está ciente dos trabalhadores que entraram em contato com eles.
As demissões no Departamento de Educação podem complicar a confirmação de McMahon, já que senadores, especialmente os democratas, pressionam para saber se ela apoiaria um eventual fechamento imediato do departamento. Na quarta-feira à noite, um juiz federal autorizou a implementação de um programa de aposentadoria voluntária para funcionários federais, com cerca de 75.000 aceitando a oferta. Contudo, os sindicatos alertam que o governo pode não cumprir a promessa de pagar esses funcionários até o final do ano fiscal, em setembro.
Fonte: CBS