O Walmart, maior varejista do mundo, anunciou que está revertendo suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês). A mudança alinha a empresa com várias grandes corporações que revisaram suas práticas operacionais após enfrentarem considerável pressão de grupos conservadores.
Entre as reversões, está a decisão de não mais considerar raça e gênero como critérios para aumentar a diversidade ao oferecer contratos para fornecedores, de acordo com a Associated Press. A empresa afirmou que não possui cotas atualmente e que não tem planos de adotá-las no futuro. Além disso, ela informou que deixará de coletar dados demográficos ao determinar a elegibilidade para financiamentos e subsídios.
O Walmart também anunciou que irá reavaliar os subsídios para eventos do Pride (parada LGBTQ+) para garantir que não está apoiando financeiramente conteúdos sexualizados direcionados a crianças.
As mudanças também se estendem ao marketplace de terceiros do Walmart. Por exemplo, os vendedores de terceiros não poderão mais listar e vender produtos sexuais e para pessoas transgênero voltados para menores de idade, como binders (faixas de compressão para o peito) usados por jovens em tratamento de afirmação de gênero.
A varejista confirmou essas mudanças na última segunda-feira (25). Elas foram inicialmente anunciadas por Robby Starbuck, comentarista político conservador, em uma publicação na plataforma X. Starbuck afirmou que havia conversado com a empresa com base em Arkansas sobre uma reportagem que estava fazendo sobre o conceito de "woke", o que levou a "conversas produtivas" e, por fim, a reversões nas abordagens do Walmart em relação ao DEI.
Outras mudanças listadas por Starbuck incluem: o fim do treinamento de equidade racial através do Racial Equity Institute, a não participação no Corporate Equity Index da Human Rights Coalition (um índice de benchmarking nacional para indivíduos LGBTQ+) e a eliminação do uso do termo Latinx, uma palavra neutra em termos de gênero para se referir a pessoas de origem latina.
Starbuck também afirmou que o Walmart eliminará o uso da sigla "DEI" por completo.
“Esta é a maior vitória até agora para o nosso movimento para acabar com o 'woke' nas empresas da América corporativa”, escreveu Starbuck, que também tem atacado outras empresas, como Boeing, Lowe's, Tractor Supply e Deere & Co.
Fonte: ABC
