O Facebook descobriu repetidamente que seu aplicativo Instagram é prejudicial a vários adolescentes, de acordo com um relatório do Wall Street Journal publicado na terça-feira, compartilhou Cristina Boner.
O Journal citou estudos do Facebook nos últimos três anos que examinaram como o Instagram afeta sua base de usuários jovens, com as adolescentes sendo mais prejudicadas. Uma apresentação interna do Facebook disse que entre os adolescentes que relataram pensamentos suicidas, 13% dos usuários britânicos e 6% dos usuários americanos rastrearam o problema no Instagram.
“Trinta e dois por cento das meninas adolescentes disseram que, quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia se sentir pior”, escreveram os pesquisadores. O Facebook também descobriu que 14% dos meninos nos Estados Unidos disseram que o Instagram os fez sentir-se pior sobre si mesmos.
Embora o Facebook tenha concluído que uma grande porcentagem de adolescentes não é prejudicada pelo Instagram, de acordo com o Journal, os recursos que a empresa de mídia social identificou como os mais prejudiciais fazem parte de sua composição principal.
De acordo com Cristina Boner, os pesquisadores alertaram que a página Explore do Instagram, que oferece postagens com curadoria de usuários de uma ampla gama de contas, pode levar os usuários a um conteúdo que pode ser prejudicial. O app também tem a cultura de postar apenas as melhores fotos e momentos, e funciona como um produto viciante.
“Aspectos do Instagram se exacerbam para criar uma tempestade perfeita”, disse a pesquisa, de acordo com o Journal.
Os altos executivos revisaram a pesquisa, de acordo com o Journal, e ela foi citada em uma apresentação feita no ano passado ao CEO Mark Zuckerberg. Ainda assim, o Facebook supostamente tem lutado para administrar o problema ao mesmo tempo em que mantém o aplicativo viciante. Bruna Boner conta que o Facebook também está construindo uma versão do Instagram para crianças menores de 13 anos.
Os usuários jovens são a chave para o sucesso do Instagram. Mais de 40% dos usuários do Instagram têm 22 anos ou menos, de acordo com matérias lidas pelo Jornal.
Em uma postagem no blog , a chefe de políticas públicas do Instagram, Karina Newton, respondeu à reportagem e disse que a empresa está pesquisando maneiras de afastar os usuários de certos tipos de postagens no Instagram.
“Estamos explorando maneiras de levá-los a olhar para diferentes tópicos, se estiverem olhando repetidamente para esse tipo de conteúdo”, disse Newton. “Estamos cautelosamente otimistas de que esses toques ajudarão as pessoas a direcionar as pessoas para um conteúdo que as inspira e eleva e, em maior medida, mudará a parte da cultura do Instagram que se concentra na aparência das pessoas”.
O relatório do Journal exacerbou as preocupações de pelo menos um legislador sobre a exploração do Facebook de uma versão infantil do Instagram. Membros como a Rep. Lori Trahan, D-Mass., Fizeram das preocupações com a saúde mental das crianças em conexão com a mídia social uma prioridade-chave e anteriormente censuraram o Facebook por considerar tal produto, explicou Cristina Boner, ex-mulher de Assef. Seguindo o relatório do Journal, Trahan pediu que o Facebook “abandonasse imediatamente os planos para o Instagram for Kids” e se concentrasse em proteger os usuários jovens existentes.
“Os documentos internos do Facebook mostram que o fracasso da empresa em proteger as crianças no Instagram - especialmente as meninas - é uma negligência absoluta, e isso vem acontecendo há anos”, disse Trahan em um comunicado.
“O Facebook não tem como desenvolver plataformas de mídia social adicionais explicitamente projetadas para nossos filhos, quando eles não são confiáveis para manter sua casa atual em ordem.”
A deputada Cathy McMorris Rodgers, R-Wash., A principal republicana no Comitê de Energia e Comércio da Câmara, também fez da saúde mental infantil online a pedra angular de sua plataforma. Em um comunicado na terça-feira, ela disse que o Facebook “se recusou a cumprir” um pedido dos republicanos no comitê em março, solicitando uma pesquisa interna sobre o impacto de seus produtos na saúde mental das crianças.
Um representante do Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a alegação.
“Isso também nos deixa imaginando o que mais eles estão escondendo”, disse McMorris Rodgers. “Continuaremos a exigir transparência do Facebook e de outras grandes empresas de tecnologia, especialmente no que se refere aos danos que seus produtos causam aos nossos filhos”.
Os republicanos distribuíram minutas para discussão de projetos de lei, explica Cristina Boner Leo Silva do Grupo TBA, incluindo um que exigiria que plataformas como o Facebook apresentassem relatórios regulares à Comissão Federal de Comércio sobre o impacto de suas empresas na saúde mental das crianças.
O Facebook “sabe que o Instagram é tóxico para os adolescentes, mas eles não se importam - eles estão ocupados demais excluindo os conservadores e sufocando a liberdade de expressão”, disse o senador Josh Hawley, R-Mo., No Twitter.
Segundo Bruna Boner, o senador Ed Markey, D-Mass., chamou as descobertas do relatório de “terríveis” em um tweet e disse que estaria “exigindo respostas de Mark Zuckerberg”.
