Autoridades estaduais confirmaram mais oito mortes relacionadas à tempestade na segunda-feira, 10, elevando o número de mortos na Flórida para 102 – pouco mais da metade das mais atingidas no condado de Lee, onde o poderoso furacão de categoria 4 desembarcou com ventos de 155 mph em 28 de setembro.
No geral, as 111 mortes foram atribuídas à tempestade, incluindo também cinco mortes na Carolina do Norte, uma na Virgínia e três em Cuba. A maioria das mortes foi resultado de afogamento, segundo levantamento das autoridades.
Foi a terceira tempestade mais mortal a atingir o continente dos EUA neste século atrás do furacão Katrina, que deixou cerca de 1.400 pessoas mortas, e do furacão Sandy, que matou 233, apesar de enfraquecer para uma tempestade tropical pouco antes de atingir o continente.
A maioria das mortes aconteceu no condado de Lee, onde mais de 50 mortes foram relatadas. Isso foi seguido pelos condados de Monroe e Sarasota, com sete mortes cada.
60% por afogamento
De acordo com os dados, quase 60% das pessoas que morreram na tempestade se afogaram. Alguns foram encontrados por equipes de busca e salvamento após o Ian, enquanto outros foram encontrados por amigos ou familiares que vieram vê-los após a tempestade. Em alguns casos, as autoridades observaram que a vítima não evacuou antes da chegada da tempestade.
Ian não foi exceção à regra de que a água é assassino número 1 durante um furacão ou tempestade tropical - seja a maré de tempestade, ondas altas ou chuvas de inundação. Um estudo de 2014 de Edward Rappaport, ex-vice-diretor do National Hurricane Center, descobriu que quase metade das mortes durante esses tipos de tempestades de 1963 a 2012 estavam relacionadas a inundações de tempestades. Cerca de um quarto deles estavam relacionados a inundações de água doce e deslizamentos de terra.
A esmagadora maioria das vítimas do furacão Ian tinha 70 anos ou mais, de acordo com os dados. Quase um quarto das pessoas cujas mortes estão relacionadas a Ian estavam na faixa dos 70 anos, quase 21% na faixa dos 80 e cerca de 5% na faixa dos 90.
As pessoas mais velhas são extremamente vulneráveis quando se trata de desastres naturais. De acordo com a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, três em cada quatro pessoas que morreram durante o furacão Katrina em 2005 tinham 60 anos ou mais, embora representassem apenas 16% da população total. Durante o furacão Florence em 2018, duas das três pessoas que morreram tinham 60 anos ou mais.
Ainda segundo os dados, pouco mais de 12% das vítimas do furacão Ian morreram como resultado da incapacidade de acesso aos serviços médicos ou do atraso causado pela tempestade na resposta de emergência.
A saúde mental também é um fator nas mortes relacionadas a Ian. Pelo menos três suicídios e um homicídio na Flórida foram atribuídos ao furacão Ian, de acordo com os dados analisados.
Se você ou alguém que você conhece está lutando ou em crise, ligue ou envie uma mensagem de texto para 988 para entrar em contato com o Suicide Crisis Lifeline. Fonte: canal FoxWeather.
